quarta-feira, 30 de setembro de 2020

{4ª Poética} Lá Luna - Mariane Helena



#Pratodosverem Foto colorida do céu noturno com algumas nuvens, a lua cheia brilha, se refletindo na  água abaixo.


Na imensidão do céu,
Não sou ar, nem sol.
Também não sou breu!
Apenas faço versos às estrelas
Para alumiar-me minha vastidão só.
Enamorada pelas luzes dalém...
Me transformo em luar!
Para transmutar;
As tristezas em estrelas,
Nem que seja apenas
No azul do teu mar.


(Mariane Helena)

terça-feira, 29 de setembro de 2020

{Versos de vida} #OMarEmMim - Mariane Helena

#PraTodosVerem Sobre o fundo amarelo, um livro aberto de paginas brancas. Sobre a pagina da esquerda, em letras pretas:"Versos de vida, #OmarEmMim, Mariane Helena", e em baixo, uma mão com uma caneta. (Descrição: Raquel Carissimi Consultoria: Juliana Santos)




"Coragem às vezes é desapego!
É parar de se esticar em vão, para trazer a linha de volta.
É permitir que o outro voe sem que nos leve junto.
É aceitar que a esperança há muito se 
desprendeu do sonho.
É aceitar doer inteiro!"

   
Mariane Helena




[Das Ruas Solitárias] De você, eu guardo a saudade mais bonita - Val Saab

 


#Pratodosverem imagem desfocada de um horizonte com céu parcialmente nublado, uma estrada e árvores, no centro está escrito com letras brancas: "De você, eu guardo a saudade mais bonita".




                                               Quais as saudades que ficaram em vocês?


 

 

Saudade

SUBSTANTIVO

sentimento melancólico devido ao afastamento de uma pessoa, uma coisa ou um lugar, ou à ausência de experiências prazerosas já vividas (freq. us. tb. no pl.)

"<s. de uma amiga> " · "<s. de comer graviola> " · "<saudades da pátria> "

 

Usamos saudades para expressar a falta que alguém nos deixou. Como diz a definição acima, o afastamento de uma pessoa, de uma coisa ou de um lugar.

Apaixonados sentem saudades um do outro quinze minutos depois da partida. Mandam mensagens e já sonham o momento de estarem juntos novamente. Grandes amigos deixam grandes saudades, às vezes, por morar longe; às vezes, por eventuais brigas, discussões e separações. E aquela saudade que nos deixa melancólicos e nostálgicos de momentos especiais que já se foram e não voltarão? Saudades.

A palavra “saudade” não existe em outra língua. É uma palavra abençoada da nossa língua Portuguesa, em outras línguas é comum dizer: sinto sua falta, em Inglês ,”I miss you”. Somos nós brasileiros que podemos dizer: sinto saudades de você! ( você me faz falta, tem um vazio que ninguém mais pode ocupar).

“Oh pedaço de mim, oh metade amputada de mim”

Recentemente, perdi meu pai. E olha, eu sou budista, não sou uma pessoa apegada às coisas ou às pessoas de uma forma geral. Porque você precisa entender que o que nos faz sofrer é o apego que temos pelas coisas ou pelas pessoas, porque se fosse apenas amor, um amor verdadeiro, não sofreríamos ao perder pessoas (ou coisas). Mas, vivemos em uma sociedade capitalista que nos ensina que o mais importante é ter. Ter marido, esposa, namorado ou namorada entram no mesmo balaio de ter um carro bonito ou um apartamento bem mobiliado. Estamos mudando os valores ao longo dos anos sem nos atentar. Nos perdemos em querer tanto o tempo todo, que nos escapa, muitas vezes, o que é realmente importante para nós ou o que é que realmente precisamos ter na nossa vida. E ter bons amigos e bons relacionamentos não deveria ter absolutamente nada a ver com dinheiro ou posses. Infelizmente, sabemos que não é bem assim que as coisas funcionam.

“Leva os teus sinais

Que a saudade dói como um barco

Que aos poucos descreve um arco

E evita atracar no cais”

 

 

No meio dessa pandemia que parece nunca ter fim, a palavra saudade brotou nas nossas vidas. Eu tenho saudades de andar na rua sem máscara e tenho saudades imensas de poder viajar sem ter medo de ficar doente. Tenho saudades de café com amigos, sentar nas padarias que são meus lugares favoritos na cidade, e claro, saudades imensas do meu pai.

“Leva o vulto teu

Que a saudade é o revés de um parto

A saudade é arrumar o quarto

Do filho que já morreu”

 

Mas, a saudade dele é diferente de todas as outras saudades, e aqui eu junto a pandemia, a posição de filha, a filha budista, a filha poeta, a filha míope como ele, a filha que admirava de montão aquele homem, a filha que se sente órfã, a filha que chora quando vê uma foto dele sorrindo. E assim, a saudade tomou proporções gigantescas na minha vida, um sentimento que eu havia aprendido a quase não ter mais. 2020 trouxe tudo de volta. Logo que ele se foi, meus ensinamentos budistas vieram todos à tona. É apenas o corpo, é apenas o físico, ele agora vive em mim e somos inseparáveis. Mas, dizem que o luto tem suas fases e agora estou na fase da raiva: que se danem todos os ensinamentos, quero meu pai de volta. Quero abraça-lo e quero perguntar para ele coisa bobas do dia a dia. Quero lhe dar uma bronca para não ir ao supermercado, quero lhe dizer que sinto falta da sua comida, quero lhe dar um beijo naquela pele libanesa que se recusou, até o último dia, a enrugar. Quero ouvir sua voz. E sinto, apenas sinto, saudades. Uma palavra que agora se faz traiçoeira porque me preparei tanto para quando ele fosse, eu ficasse bem e não sentisse tantas... saudades!. Mas, o amor que nutrimos por algumas pessoas, vai além do material, do racional, de qualquer outra relação, amar uma pessoa verdadeiramente e perde-la é perder um pedaço do próprio coração. É amanhecer e saber que precisamos ser fortes e nutrir nesse coração machucado, todo o amor que sentimos pela pessoa para que esse compense a falta física. E assim, eu penso que aprendemos o verdadeiro sentido do amor e o verdadeiro sentido da vida. Porque viver é exatamente esse caminho: nascemos, vivemos e morremos. E enquanto, por alguns momentos, a vida parece tão inexplicável, a morte vem nos dizer que existe sim, um sentido. E nossa maior obrigação, como seres humanos, é fazer dessa experiência, a descoberta desse sentido. E que ela seja sempre carregada do mais puro amor e da mais linda saudade.

“Que a saudade dói latejada

É assim como uma fisgada

No membro que já perdi”

 

 

Val Saab

(trechos da música "Pedaço de Mim", de Chico Buarque)

 

 

 


sábado, 26 de setembro de 2020

{Versos de vida} Parafraseando Cora Coralina ao meu modo! Rsrsrs - Mariane Helena


#PraTodosVerem Sobre o fundo amarelo, um livro aberto de paginas brancas. Sobre a pagina da esquerda, em letras pretas:"Versos de vida, Parafraseando Cora Coralina ao meu modo! Rsrsrs,  Mariane Helena", e em baixo, uma mão com uma caneta.(Descrição: Raquel Carissimi Consultoria: Juliana Santos)



 Pois a mais borboletas bailando em mim

Do que (h)á dor nos meus olhos.

Há mais cores permiando-me

Do que há (e sempre haverá) o peso

Dos pingos de chuva.

Portanto decido:

Florescer e escrever

Florir e produzir

Pois nada é maior que meu desejo

De voar liberdade de versos primaveris.


(Mariane Helena) 

sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Conheça o livro “O HOMEM COM CABEÇA DE URUBU” de Glauber Costa

#Pratodosverem silhuetas de prédios e torres a noite e um céu estrelado, a lua bem grande e centralizada, sobre ela a silhueta de um homem com chapéu.  Em baixo está escrito: "O homem com cabeça de urubu" 
Glauber Costa.







Título: O HOMEM COM CABEÇA DE URUBU 

 

Autor: Glauber Costa

 

    Sinopse:

O livro é um suspense surreal, que começa com a aparição de um homem com cabeça de urubu e segue, capítulo a capítulo, com assombros tão cotidianos quanto familiares, que vão compondo uma fábula sombria.

 

Sobre o autor:

Glauber Costa é baiano, residindo atualmente no Amazonas. É professor. Tendo publicado contos e crônicas em revistas e antologias literárias.

 

"O homem com cabeça de urubu" é o primeiro livro de Glauber e foi idealizado a partir do conto homônimo, publicado, em 2015, pela Revista Subversa.

Segundo o autor, A versão impressa estará disponível, ainda este mês, no Clube de autores e nas principais livrarias do país.

 

Adquira já o e-book em: https://www.amazon.com.br/homem-com-cabe%C3%A7a-urubu-ebook/dp/B08DDJRB7Q

  

quarta-feira, 23 de setembro de 2020

{Poetizando estações} - Para vida me florI - Mariane Helena

#Pratodosverem Em um muro branco a ilustração  de uma garota com o rosto apoiado sobre a mão direita, ela tem olhos verdes, usa batom rosa e camiseta amarela. Seu cabelo é feito com uma árvore cheia de flores Rosas. Na camiseta, na parte inferior, a assinatura escrito em preto "Melancia", "Feliz primavera".





{4ª Poética} -

#Pratodosverem. Uma colcha de retalhos remendados com fio amarelo e botões grandes e pequenos. Cada pano com uma estampa diferente, coloridas e com formas, e com flores ou linhas.




Nessa colcha de retalhos
Emendo laço a laço
As pontas soltas do acaso.
E que por um acaso
Esse tal destino trama, 
(Nem sempre contra)
Mas sempre trama!
E de alinhavo, em alinhavo
Aponta novos caminhos pra mim...
Talvez mais coloridos e múltiplos.
A parte boa desse remendar-me
É que sempre nasce uma coisa nova:
Hora poema, hora canção!
E nas batidas desse coração, que
Insisti em bater... 
As vezes vem de surra,
Outras, vem como o bater de asas.
Enflorando o verso de uma alma cansada...
Quem sabe seja apenas cansada de coser.

(Mariane Helena)