Penso que a humanidade não está perdida, ela apenas dorme.
Sabe aquelas práticas que pensávamos estariam escondidas ou
até mesmo perdidas no tempo, nos incontáveis bites e bytes? Pois é elas não
morreram, nem mesmo estão aposentadas, apenas encobertas pelo o que chamamos de
manias tecnológicas.
Nesta semana sabedora de um evento nobre, não pude deixar de
relatar a vocês as emoções que tomaram conta de mim, aconteceu em uma das
semanas de novembro. Vamos aos fatos.
Minha filha é professora e a turma da qual falarei, tem uma
faixa etária entre 13 e 15 anos.
Era o dia anterior ao seu aniversário, então um dos alunos
disse que a intenção da turma seria fazer uma festa surpresa, mas como na turma
havia pessoas que não poderiam participar das comemorações pelo fato de serem
de uma religião onde não é permitido, eles não poderiam esboçar nenhum
movimento que levassem a crer que era o aniversário de alguém, de maneira que a
solução era uma confraternização. Mediante tal situação, perguntaram se ela não
se importaria no que ela aceitou prontamente.
Vocês fazem ideia do significado disso? A mim pareceu uma
prova de civilidade, confesso nunca antes vista e por mais incrível, vinda de
pessoas ainda em formação, adolescentes. Estou arrepiada até agora. Isso me
tocou profundamente.
No dia do aniversário,
lá estavam todos em sala de aula com os quitutes e a nobreza adornando o dia.
Havia uma pessoa, quando eles disseram haver mais de uma,
era apenas uma, nessa frase a civilidade se fez presente, a qual recebeu toda
essa fineza de caráter dos outros alunos, ela não pode participar de festas por
suas convicções religiosas e não foi rechaçada por isso, pelo contrário,
recebeu bem mais que a professora no dia do seu aniversário, ganhou o respeito
de toda a classe.
E eu, confesso, ganhei essas linhas incríveis.
Necessitamos tanto de heróis, de pessoas que nos impulsione,
pois somos parte de uma só corrente, somos os elos que a sustentam, então nada
mais justo que se propaguem amor, amizade e respeito.
Em conversa com um amigo ele me disse: - “eu era tão prestativo
com as pessoas, agora parece que me perdi”. Pensem nisso e reajam.
Quero agradecer à minha filha por ter partilhado comigo e
aos alunos que provaram, a humanidade existe e pode ser vivida com nobreza.
Se você tiver histórias como essa que sirvam de exemplo e
quiser compartilhar comigo, fique à vontade. Se não souber como descrevê-la quiser
que eu a escreva, pode enviar mensagem, terei um enorme prazer em descrever os acontecimentos.
Um forte abraço!
https://www.facebook.com/annacristacosta
Por: Ana Cristina da Costa
Imagem extraída do Pixabay.
Indicação de filme: Estrelas além do tempo.
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