Suas características aos olhos de
quem vê, aos seus e de quem rotula são definidas por você, por suas
convivências e pelas influências que
somos submetidos todos os dias. Mas o que é mais intrigante
é como nossa visão para as coisas podem ser completamente diferentes de
absolutamente
todos a nossa volta. Vou dar o meu exemplo:
Eu gosto de
futebol e muitos outros esportes, heavy metal, ciências e história. Mas meu
jeito de gostar de futebol é diferente da maioria
dos brasileiros. Sou um cara que merece ser excluído porque
torço pela Argentina em vez do Brasil, por razões diversas que nem sei quais
são.
Eu nunca, nunca torci pelo Brasil. Uma vez, gritei como
louco numa vitória patética do Brasil contra a Coreia do norte por 2x1 (no jogo
seguinte dos norte-coreanos, eles tomariam um sonoro 7x0 de
Portugal, seleção mais fraca que o Brasil) porque resolvi tentar negar minha
teimosia, meu jeito de querer ser diferente, e a injustiça
que via em saber que todos estavam torcendo para a seleção canarinho enquanto
os
outros países não tinham nenhuma torcida (como eles poderiam
ser tão maus? Não acredito que simplesmente ignoravam as outras seleções como
se
não fossem nada). Bom, eu tentei, e meus delírios aos gritos
de gol jamais tinham sido tão falsos. Dois minutos de garganta limpa
desperdiçados. Desde aquele dia, prometi a mim mesmo que
nunca mais faria aquilo. E segui a minha vida, abandonando a música pop para o
funk
e eletrônica, depois sendo influenciado por um primo nerd e
inteligente (logo, deveria ouvir o mesmo tipo de música que ele) passei para o
rock
e o heavy metal, onde permaneço até hoje, mas sem o medo de
ser descoberto ouvindo "o grave bater", "Construção",
"roda viva" e
"malandramente".
Fui me alterando, graças a
maturidade e a outras influências. Hoje, torço pelo Barcelona, gosto de
assistir a NBA, curto
muito mais a cultura norte-americana, mas também acho legal
as competições dos carnavais Brasil a fora, as composições de Chico Buarque
(nada de Vinicius de Moraes. Chato demais!!!) e comer arroz,
feijão e carne no almoço e o básico pão francês (que na verdade é português)
com
mortadela (embutido dos deuses!).
Além de tudo isso,
porém, construo coisas só minhas como o desejo de salvar o mundo, esse negócio
de "gostar de ciências e história" e me
interessar por política fora das redes sociais, uma
maluquice sem tamanho. Mas é o
que vou levar pra sempre, junto com a teimosia que irrita
minha melhor amiga. Agora: por quê? Não faço ideia. É só minha identidade. Foi
influenciada por algo ou alguém? Com certeza. Mas a visão é
minha, e só minha. O que isso tem haver com a resposta fundamental? As
diferentes
interpretações fazem experimentos diferentes. Logo, a
resposta fica mais
acessível.
E você, qual sua identidade própria fora do nacionalismo,
dos amigos e
influências familiares?
Por falar em nacionalismo: HAPPY birthday UNITED STATES OF
AMÉRICA! E até a próxima!
Dizem que 42 é a resposta para tudo, porém isso é difícil de assimilar. Mas como a Terra é o único planeta capaz de entender as perguntas e respostas, vamos cumprir nosso dever.
Por que 42? Vamos tentar descobrir todas as primeiras segundas-feiras de cada Mês.
Até a próxima questão fundamental!
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