Caminhando muito devagar
Em sua jornada sem destino
certo.
Seu teto são as estrelas que
pararam de brilhar.
E por cama um velho papelão
aberto.
Junta moedas em um copo
quebrado,
Preso ao seu velho acordeão.
Seu olhar de tristeza e seu
sorriso amargurado
Acusam que é íntimo com a
solidão.
Longas cãs em sua barba
descorada
E seu pouco cabelo sem
pentear.
Um sorriso desdentado e uma
tosse não tratada.
Seus sapatos são os dedos cansados
e entediados de andar.
Companheiro do frio
constante,
Nunca recebeu ajuda de alguma
instituição.
Mas todo Natal ele muda o
semblante,
Pois uma chama aquece seu
coração.
Papai Noel das ruas ele
insiste.
Com um gorro velho e um saco
remendado.
Fazendo deste cenário triste.
Algo digno de ser lembrado.
Sem medo de caminhar com os
mesmo pés cansados.
Ele segue em sua missão
especial.
Suas moedas agora são doces e
brinquedos reciclados.
E as crianças das ruas não
irão chorar neste Natal.

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