“Parte da filosofia responsável pela investigação dos princípios que motivam, distorcem, disciplinam ou orientam o comportamento humano, refletindo esp. a respeito da essência das normas, valores, prescrições e exortações presentes em qualquer realidade social, conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral de um indivíduo, de um grupo social ou de uma sociedade.” Fonte:Google.

Serei sucinta mesmo porque o assunto,
ética, é muito extenso. Sabemos que a teoria é linda muito bem estruturada,
muito bem elaborada, mas na prática à medida que caminha, esbarra em obstáculos
e como todas elas sem exceção, caem no esquecimento.
O ser enquanto ser tem como princípio
básico a interação com o outro, isso já se nota desde que o indivíduo é
apontado no mundo, ele não se fabrica sozinho.
Partindo desta premissa, tem ele
a necessidade de entrosamento e compartilhamento com o outro para manter a sua subsistência.
Esta semana fiquei chocada com um
fato, claro que no meio de tantos outros que nos chateiam ao longo do dia este me
saltou aos olhos, mas em particular me chamou a atenção pelo grau de
desumanidade. Faltou às pessoas envolvidas no caso, neste, um acidente, cuja
vítima já havia sido atropelada na linha férrea e estando a mesma impossibilitada
de se locomover porque já se encontrava morta. Faltou ou essas pessoas nunca
tiveram contato na vida com a conduta Ética e todo o seu significado,
faltou discernimento de poder distinguir um ser humano deitado, morto,
inanimado num gesto de piedade, faltou
diferenciá-lo de um saco de plástico, que o vento leva para lá e para cá e que
às vezes acaba se prendendo em qualquer coisa.
Poderia ser um saco plástico
largado na linha férrea que o trem seguinte não envolvido no atropelamento,
poderia passar por cima dele quantas vezes lhe aprouvesse, porque aquele saco
plástico não precisaria de piedade, não há vida nele, assim como não havia no
Sr. Adílio. Mas o saco plástico entra na categoria dos objetos inanimados, um
objeto de extrema necessidade sim, mas um objeto.
O Sr. Adílio, um homem tentando
refazer sua vida vendedor de doces e balinhas por aí pelas ruas, assim como
muitos brasileiros na mesma condição, este está classificado como ser humano,
sendo assim cabe a ele todos os direitos constitucionais e respeito é um deles,
mesmo que sua vida já houvesse sido retirada.
O sr. Adílio foi atropelado por
um trem e seu corpo jazia ali.
Um “homem” vestido de uniforme
laranja deu a ordem para que o outro trem passasse por cima dele, pois o fato
de aguardar até que o Sr. Adílio fosse retirado da linha férrea, causaria
transtorno, causaria atraso nas viagens.
Eu pergunto, qual sentimento causou a você a
atitude deste indivíduo? A mim um enorme desprezo, a outra pergunta
é, em qual categoria podemos inferi-los, a dos humanos? Fica aqui uma reflexão de tratamento humano!
(Ana Cristina).
Precisamos de mais amor ao próximo. Ótimo texto!
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