
A medida que brigava com ele, brigava também com Deus o todo poderoso por deixar que eu sofresse nas mãos de uma criatura tão insensível.
Foram muitos anos de sofrimento e sentimentos adversos, o limiar entre o amor e o ódio.
Cresci, sofri, apanhei, aprendi. Aprendi que ele não iria mudar pois sua idade já não lhe permitia, em sua cabeça dura já não havia espaço para mudanças. Aprendi e fiquei abismada com a facilidade com que as coisas poderiam ser resolvidas apenas com diálogo e amor, então ao olhar para ele numa de nossas ultimas brigas eu o enfrentei de uma maneira diferente. Ele mudou, ficou espantado com minha atitude. Passamos a nos entender, mas eu o entendi muito mais depois que o perdi.
Compreendi que devemos amar as pessoas, apenas amar, essa é a fórmula. Elas, assim como nós não vem com manual de instrução de vida, estamos todos neste enorme organismo sendo atingidos um pelo outro, numa cadeia vital de elementos instrutores.
Meu pai não está mais aqui, um dia eu também não estarei.
Ana Cristina
Concordo com suas palavras. A vida é curta demais para não amar.
ResponderExcluirBoa tarde Marielle, obrigada pela visita.
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