domingo, 9 de setembro de 2018

[Súmula de Domingo] As Estações, a vida! – Ana Cristina da Costa


São quatro as divisões nas quais nos baseamos ao longo da vida para que possamos nos organizar, para que possamos definir os acontecimentos, para que tenhamos uma âncora a nos fundar. Assim não há naufrágios. A necessidade da constância nos permite pensar que tudo está exatamente no mesmo lugar.

O ciclo de vida da gente também se assemelha às estações do ano, temos fases em que nos submetemos a tanta tensão que é comparável a uma tempestade de inverno, pensamos nunca acabar. Em outras somos tão felizes e tranquilos que comparamos ao verão ou à primavera, onde temos alegrias, algumas poucas chateações, mas nada que venha a abalar a calmaria.

No momento o Brasil vive uma fase de transição, estamos submetidos à uma enxurrada de discursos políticos, seja nas mídias, seja in loco, com os quais não podemos nem ouvir o telefone dado o volume empregado nos carros de som, mas seja como for até outubro, o mês das eleições, estaremos no inverno, mesmo que as flores despontem nas copas das árvores, depois almejamos deitar em rede e balançar à sorte do vento.

Há notícias verídicas, os fake News, as montagens de imagens, os escândalos, as criancinhas nos colos, as promessas absurdas e a redundâncias nos acontecimentos.

Eu pergunto, quando é que os brasileiros aprenderão que política é uma das coisas mais organizadas que existe?

Que ela remodela e rege toda uma nação?

Não política não é promessa de cestas básicas, nem tão pouco a de emprego, política é organizacional, é emprego certo dos recursos, é respeito ao suor de todos e deste o uso certo nas coisas necessárias.

O tempo entre a aprovação do candidato para as eleições é curto para que possamos esboçar qualquer opinião, eles são aprovados e logo são postos em voga expondo seus números e suas caras em santinhos, mas quem são na realidade, será que o fato de esta pessoa/candidato ter feito meia dúzia de favores aos vizinhos, de ter visitado as secretarias em busca de benefícios para a população do bairro é suficiente para que eu possa confiar os recursos públicos? Será que suas ações não foram todas pensadas e calculadas? E se não foi, isso é o suficiente?

Pensando em todas as questões meu povo é que pensemos, ou melhor, repensemos a obrigatoriedade das eleições, pois sendo, o fazemos de qualquer jeito, a fim de nos livrarmos da obrigação. Não temos o menor prazer em votar em fulano ou ciclano ao passo que se não fossemos obrigados eles, desta feita, teriam que primar pelo nosso voto.

Eu não desejo que o nosso Brasil afunde ainda mais, não desejo que emburreçamos tão pouco na mesma velocidade das construções tecnológicas, que continuemos silentes aos desmandos e à falta de respeito, haja vista nossa história sendo roubada, queimada e garimpada.

Plantemos, pois, livros nas residências e os troquemos pelos aparelhos ao menos poucas horas por dia. Lancemos uma meta, iremos aos poucos, ao final a mente regozijada, lançará aplausos a todos nós.

Às vésperas de uma nova estação é que lanço flores aos azougues.
Tenham todos um excelente início de semana!
Por: Ana Cristina da Costa
Imagem extraída do Pinterest.

Indicação de filme: A Cor do Trabalho
https://www.youtube.com/watch?v=4z6uzuCjfTc&index=12&list=PLqzlMEtnGlhXGPvV5rL2daPe7IxDuNy3v&t=0s





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