São quatro as divisões nas quais nos baseamos ao longo da vida para que possamos nos organizar, para que possamos definir os acontecimentos, para que tenhamos uma âncora a nos fundar. Assim não há naufrágios. A necessidade da constância nos permite pensar que tudo está exatamente no mesmo lugar.
O ciclo de vida da gente também se assemelha às estações do ano, temos fases em que nos submetemos a tanta tensão que é comparável a uma tempestade de inverno, pensamos nunca acabar. Em outras somos tão felizes e tranquilos que comparamos ao verão ou à primavera, onde temos alegrias, algumas poucas chateações, mas nada que venha a abalar a calmaria.
No momento o Brasil vive uma fase de transição, estamos submetidos à uma enxurrada de discursos políticos, seja nas mídias, seja in loco, com os quais não podemos nem ouvir o telefone dado o volume empregado nos carros de som, mas seja como for até outubro, o mês das eleições, estaremos no inverno, mesmo que as flores despontem nas copas das árvores, depois almejamos deitar em rede e balançar à sorte do vento.
Há notícias verídicas, os fake News, as montagens de imagens, os escândalos, as criancinhas nos colos, as promessas absurdas e a redundâncias nos acontecimentos.
Eu pergunto, quando é que os brasileiros aprenderão que política é uma das coisas mais organizadas que existe?
Que ela remodela e rege toda uma nação?
Não política não é promessa de cestas básicas, nem tão pouco a de emprego, política é organizacional, é emprego certo dos recursos, é respeito ao suor de todos e deste o uso certo nas coisas necessárias.
O tempo entre a aprovação do candidato para as eleições é curto para que possamos esboçar qualquer opinião, eles são aprovados e logo são postos em voga expondo seus números e suas caras em santinhos, mas quem são na realidade, será que o fato de esta pessoa/candidato ter feito meia dúzia de favores aos vizinhos, de ter visitado as secretarias em busca de benefícios para a população do bairro é suficiente para que eu possa confiar os recursos públicos? Será que suas ações não foram todas pensadas e calculadas? E se não foi, isso é o suficiente?
Pensando em todas as questões meu povo é que pensemos, ou melhor, repensemos a obrigatoriedade das eleições, pois sendo, o fazemos de qualquer jeito, a fim de nos livrarmos da obrigação. Não temos o menor prazer em votar em fulano ou ciclano ao passo que se não fossemos obrigados eles, desta feita, teriam que primar pelo nosso voto.
Eu não desejo que o nosso Brasil afunde ainda mais, não desejo que emburreçamos tão pouco na mesma velocidade das construções tecnológicas, que continuemos silentes aos desmandos e à falta de respeito, haja vista nossa história sendo roubada, queimada e garimpada.
Plantemos, pois, livros nas residências e os troquemos pelos aparelhos ao menos poucas horas por dia. Lancemos uma meta, iremos aos poucos, ao final a mente regozijada, lançará aplausos a todos nós.
Às vésperas de uma nova estação é que lanço flores aos azougues.
Tenham todos um excelente início de semana!
Por: Ana Cristina da Costa
Imagem extraída do Pinterest.
Indicação de filme: A Cor do Trabalho
https://www.youtube.com/watch?v=4z6uzuCjfTc&index=12&list=PLqzlMEtnGlhXGPvV5rL2daPe7IxDuNy3v&t=0s
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