A
FRANCA, FRACA E QUASE SILENCIADA:
STEPHANIE RIBEIRO
STEPHANIE RIBEIRO
"Uso
a palavra para compor meus silêncios."
(Stephanie
Ribeiro)
Negra,
pobre, filha de uma mulher forte e corajosa, abandonada pelo esposo... E neta
de uma mulher que vive o restos de seus dias escrevendo cartas para o esposo já
falecido para aliviar a sua dor e sentir a presença do marido. Impossível ser
uma mulher diferente! Stephanie é uma mulher curada através das palavras.
Graduada
em Arquitetura e Urbanismo pela PUC-Campinas. Foi monitora de Arquitetura no
Brasil (2012). Em agosto de 2014 deu início a pesquisa de Iniciação Cientifica
com orientação do docente Wilson Ribeiro Santos Junior, com o tema: Cada ponto
tem um conto: Manifestações urbanas de matrizes africanas nos espaços urbanos
da cidade de Campinas. Em 2015 foi homenageada com a Medalha Theodosina
Ribeiro, por suas ações nos campos de relações raciais e de gênero. É TED
Talker no TEDxSão Paulo e TEDxGoogle (2016). Escreve para o Huffpost Brasil,
Capitolina e Modefica. Já teve textos publicados no Jornalistas Livres, site da
revista Marie Claire, MdeMulher, site da revista TPM, e Blogueiras Negras. E co
fundadora do AFRONTA e da Imprensa Feminista.
aos
24 anos, é uma das militantes mais ativas do feminismo negro na internet. Mas,
segundo o facebook, stephanie não é uma boa menina: ela está um mês de castigo,
seu perfil bloqueado. não pode fazer posts: só reproduzir fotos do instagram e
usar o bate-papo. Seu crime: racismo. Isso mesmo: uma das principais vozes do
feminismo negro na internet brasileira foi silenciada por acusação de racismo.
contra mulheres brancas!
Por
ter escrito sobre a solidão das mulheres negras. Por ter escrito sobre o
fenômeno da chamada “palmitagem”, ou seja, o fato de homens negros muitas vezes
saírem ou namorarem com mulheres mais brancas, e assim sucessivamente, até que,
na dança das cadeiras do mercado matrimonial brasileiro, quem acaba sobrando
são sempre as mulheres negras, duplamente oprimidas, por serem mulheres e por
serem negras.
Enfim,
nada de novo no front da internet brasileira. Stephanie postou que vai
aproveitar o mês de castigo para descansar. e faz bem. Eu discordo da stephanie
em algumas coisas, concordo na imensa maioria, mas, concordando ou discordando
da militância da stephanie, estamos todas no mesmo lado: racista ela não é.
Racistas são as pessoas contra quem ela luta.
Atualmente
foi convida para ser colunista na Marie Claire, uma das maiores revistas do
país, talvez a de maior relevância entre o publico feminino. E também convidada
por uma das maiores editoras do país para publicar o seu primeiro livro. Com um
talento inegável e inquestionável, impossivel não dizer que Stephanie Ribeiro
faz parte do nosso contexto literário nacional, logo do Futuro da Literatura.
Mariane
Helena

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