quarta-feira, 9 de novembro de 2016

[4ªpoetica] Noites em Claro - Allan Pavuna

Acendo um cigarro, puxo o fumo como um modo de fuga
Sinto a fumaça preencher meus pulmões.
Sentado ali no meio do nada, tendo apenas minha mente como amiga
E nela mesmo uma inimiga; penso nas estrelas.
Seres do espaço, iluminando noite a dentro com seus brilhos humildes
Nunca roubando a da lua, nunca sobre julgando a outra,
Dando espaço para que todos possam brilhar.
Conto para as estrelas todos os dias meus segredos mais íntimos.
Elas escutam e só isso me alivia, nunca pedi que me contasse de volta... nunca.
É até confortável, posso assim imaginar o que elas diriam.
Acaba o cigarro e a sensação de alivio se esvai junta do último trago.
Talvez escreva mais um poema,
Mesmo tendo a sensação de que escrevi tudo que tinha que escrever.
Mas o loop continua e é eterno,
Um ciclo onde; escrevo meus pensamentos em forma de versos, de novo, de novo...
Só se encerra com minha morte mental e física.
Se eu morre e minha mente não perecer na pós vida.
Irei escrever junto das estrelas, versos novos de uma poesia lírica.
Viajarei entre dimensões procurando algo que não encontrei em vida.
Se eu morre e minha mente não perecer na pós vida,
Espero nunca pensar em uma novo vida, não quero voltar e fazer diferente.
Isso mostra angustia e arrependimento, sentimentos que não quero na minha vida.
Continua a observa as estrelas
Uma delas brilhou mais forte agora, chamou minha atenção.
O que será que causou tamanho brilhou?
Lembrei do que um físico um dia me disse:
“Quando o brilho de uma estrela é mais forte, significa que ela deixou de existir.”
Despeço-me de uma amiga que nunca mais irar brilhar pra mim nessa vida.
E ninguém, sem exceção alguma, reparara que ela deixou a noite mais escura.
Autor: Allan Pavuna
Data:03/11/16

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