O que
estamos fazendo de nós? O que há comigo, com você?
Compremos
espelhos e andemos com eles expostos à frente da face. Por favor, não esqueça
guarde o sorriso e mostre sua face mais dura e feia, veja se consegue conviver
com ela ao menos alguns minutos que seja. Agora olhe aos outros, epa, quando
digo olhe aos outros, você procurará um indivíduo semelhante um que tenha as
mesmas características, não é mesmo? Será que estamos ficando cegos ou surdos,
mudos, imbecis, pois abatemos a própria espécie? Somos criaturas das quais não
são necessários predadores pois em nossa vantajosa ignorância já nos fazemos
isso. Caímos ao chão como gados desnutridos, mortos pela fome e sede de
humanidade. Somos qual monstros em cavernas ao nos depararmos com civilização. Somos
seres de uma mesma espécie e nos intitulamos sermos desta ou daquela classe. Claro,
nos definimos e nos dividimos, nos selecionamos, nos escolhemos e nos
repudiamos. O pensamento do homem ainda é uma pedra, ainda é um diamante em
fase de lapidação. O amor ainda é um absinto, mas pena que para a maioria ele
continue azul.
O meu
amor é multicolorido. Ele faz o mesmo efeito de entorpecimento.
O meu amor
ama amar o ser. Porque somos da mesma espécie.
Meu
discurso vai de encontro à intolerância que infelizmente achata o pensamento,
impossibilita o progresso e a civilização. Porque o meu pensamento não é igual
ao seu isso não lhe dá o direito de me abater.
Use o seu
espelho e conviva com ele, ou teremos tantos cacos a recolher que não poderemos
caminhar pelas ruas.
Eu chorei,
assim como choro por tantas coisas, meu coração se enternece da humanidade,
meus olhos choram pelos corpos espalhados pelo chão, minha alma chora por eu
não saber mais o que fazer.
Minha impotência
já quer retirar o espelho e eu sem ele viverei à ermo e serei abatida no
primeiro cansaço.
Ana@Cristina.

0 comentários:
Postar um comentário